Minha opinião é de que aulas de élfico não vão ser feitas em vídeo nunca. Existem algumas razões para isso.
A primeira barreira é que eu acredito que as pessoas tem uma visão do élfico que não condiz com a realidade, se desiludem rapidamente e, finalmente, desistem. Todo novato chega pensando que vai falar élfico fluentemente. Isso não vai acontecer. Nos falta vocabulário e gramática! Quando essa visão é desconstruída, 95% das pessoas (talvez mais) desiste de aprender élfico, pois não vão conseguir fazer o que querem com esse conhecimento: se comunicar com outros, como nos filmes.
A segunda barreira é a metodologia. Como conversar é impossível, escrever é o ponto de partida de qualquer composição em élfico. Para aprender a escrever nessas línguas, é muito mais fácil consultar um livro do que um vídeo.
A terceira barreira é de conhecimento do próprio criador desses possíveis cursos. A pessoa necessitaria não somente de um conhecimento sólido das línguas, como também necessita de um conhecimento sólido em metodologia de ensino. Ensinar coisas por texto é diferente de ensinar coisas através da fala.
A quarta barreira é decorrente da terceira: eu só conheci uma pessoa que tem conhecimento das línguas, conhecimento profissional de linguística e conhecimento de metodologia de ensino suficientes para criar uma série de videoaulas. E ele é norueguês. E não fala português.
A quinta barreira é monetária. O único lucro para o criador das videoaulas seria o conhecimento adquirido através da produção e um projeto no portfólio. Mas para que ele possa adicionar esses trabalhos no portfólio, ele precisa investir.
Boas câmeras e microfones custam dinheiro. Ninguém quer produzir um vídeo onde a pessoa parece que é um prisioneiro de alguma facção terrorista. E ninguém quer escutar uma voz abafada ou chiado quando o som é tão importante à explicação! A produção de material custa tempo. A produção de áudio, vídeo e iluminação custa tempo. É quase impossível tornar esse esforço em dinheiro suficiente para cobrir os custos da produção.
Por fim, existe um último argumento contra as videoaulas. Elas não são realmente necessárias. Problemas na compreensão do élfico são geralmente relacionadas à pronúncia, algo que é facilmente solucionável com uma pequena ajuda, o envio de um pequeno arquivo de som, uma instrução de 10 minutos no Skype ou algo similar. Este site está no ar desde dezembro de 2006 e eu não lembro de ter recebido uma mísera pergunta sobre morfologia, sintaxe ou semântica por e-mail ou comentário. Só a fonética é problemática. E para a fonética já foi construído diversos artigos e sites com exemplos dos sons.
Com tudo isso dito, não se sintam desencorajados a estudar as línguas élficas. Eu adoraria ser inundado por perguntas de pessoas que estão realmente tentando aprender a escrever em élfico, em vez de apenas consumir élfico. Me envie um e-mail pelo formulário de contato no topo da tela, ou me encontre no Twitter em @rodrigolj. Pedidos de auxílio com a gramática são muito mais rápidos de atender do que auxílio com traduções e nomes.
Nossa, Adorei seu site, muito mais seu vocabulário. Acabei de me interessar pela língua elfica. Comecei a me interessa e depois de começar a jogar The Elder Scrolls V Skyrim como elfo da floresta. Você mencionou no artigo que ele estaria desencorajando as pessoas, bem, eu me senti completamente encorajado a aprender a língua. Mas uma vez, parabéns pelo site e se eu tiver alguma duvida sobre qualquer coisa sobre a língua elfica eu irei avisa-lo. Abraços.
A conversação é realmente impossivel?
Na minha opinião, não há vocabulário suficiente no Quenya ou qualquer outra língua élfica para permitir conversações que não sejam muito básicas.
Uma pena, pois eu que me dediquei bem do Quenya concordo que a fluência é muito difícil, falta vocabulário como disse o Rodrigo. A gente vai escrevendo pelo menos ^^
Oi, eu sou novo nesse universo e estou junto com uns amigos montando um grupo de estudos do Quenya e do Sindarim. O estudo é baseado no livro “Curso de Quenya, de Helge Kåre Fauskanger”. Dei uma passada no livro e tem basicamente toda gramática para se aprender uma língua nova. Nem assim é possível se ter base para uma forma de diálogo?
A gramática existe e funciona. O problema é o vocabulário, que é escasso e insuficiente.