Não só isso, como também visita este blog! E aqui está a prova:
Obrigado ao Leonardo. Gente finíssima! 🙂
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O dono do site Ardalambion, Helge Fauskanger, enviou uma mensagem à lista Elfling neste sábado informando que a sua lista de palavras em Sindarin foi atualizada. Ela agora possui um texto introdutório, informações sobre abreviações, entre outras coisas. É explicado também que essa lista é a versão Inglês-Sindarin da lista Sindarin-Inglês disponível no livro escrito por David Salo, A Gateway to Sindarin.
Se você fez o download da lista anterior, deve baixar essa versão agora. Continuo achando que o Hiswelóke é um dicionário de maior qualidade e variedade de informações, mas é possível que, para iniciantes, as formas apresentadas com as mutações consonantais tornem a lista do Helge um guia mais útil ao aluno inexperiente.
NOTA: Caso você não tenha lido o primeiro artigo, clique aqui.
Estive hoje traduzindo os nomes que me foram pedidos durante o AnimeXtreme, que ocorreu no colégio LaSalle Pão dos Pobres, em Porto Alegre. Participei de um estande independente de fãs de Tolkien e lá fiz o serviço de tradução com os ~50 nomes disponíveis no site. Claro, sabia que iria faltar vários, mas não esperava mais de trinta nomes sem tradução! Felizmente, acho que sanei o “problema”, e os que faltam podem agora ser encontrados na página Nomes em Élfico.
Durante esse trabalho, notei que não havia abordado algumas coisas importantes. O primeiro é os nomes que terminam com o elemento -son, baseado principalmente em sobrenomes suecos como Andersson. Encontrei um exemplo durante o AnimeXtreme, Ederson. É importante saber que o elemento -son significa “filho”. Nas línguas élficas o elemento -ion serve ao mesmo propósito e substitui o -o(n) final de um nome em Quenya e Sindarin (se houver algum). Ederson, portanto, seria Vanimion ou Bainion (ver Eder).
Outra questão importante que esqueci de mencionar são as siglas. Existem muitas siglas sublinhadas com pequenos pontos. A idéia é que para reduzir o tamanho dos textos explicativos, nomes de línguas como o “alto-germânico antigo” foram reduzidas a “A.G.A.”, mas se você deixar o mouse sobre essas siglas por alguns segundos, o seu significado aparecerá. Faça um teste com esta sigla: A-S.
Espero que eu tenha esclarecido todas as dúvidas sobre a consulta dos livros e que a Heloísa, o Isaías, o Igor, o Mauro, o Leonardo, a Patrícia, a Fernanda, o Jonatan, o Eduardo, a Jenifer, o Jean, o Franco, o Lorran, a Camila, o Fernando, o Dimitri, o Dagoberto, a Tanise, o Celson, o Roger, a Vitória, o Ederson, a Aline, o Alan, a Dayane, a Jessica, a Jackeline, a Letícia, o Maicon, a Francieli, o Jorge, a Lidiane e o Cássio tenham gostado do resultado.
Em comemoração aos 10 anos da Ardalambion, o estudioso Helge Fauskanger está planejando lançar algumas novidades em seu site. Uma delas já foi noticiada antes e agora está já disponível: uma lista de palavras em Sindarin, chamada Parvpith Edhellen.
Por enquanto há apenas uma lista Inglês-Sindarin disponível, já que a prioridade da Ardalambion é, há algum tempo, dar apoio aos escritores neo-élficos. Embora seja um trabalho impressionante por si só, não ultrapassa o Hiswelóke de Didier Willis, pois a lista do Helge não possui a fonte da palavra, nem um indicador se ela é “Noldorin” ou “Sindarin”.
Essa omissão pode parecer pequena, mas quando algumas pessoas (como eu) dependem dessa informação para criar formações que podem se tornar no futuro tatuagens e gravações anéis de casamento, é necessário escolher e seguir um padrão para que as traduções fiquem consistentes (ou seja, escolher entre priorizar o Sindarin, o Noldorin, ou os dois, mas fazê-lo conscientemente!). Por isso recomendo utilizar o Dicionário Sindarin Hiswelóke do Didier Willis, que permite uma flexibilidade maior ao tradutor. Já falei que ele imprime melhor também? 🙂
Não sei se realmente cheguei aos 50 nomes traduzidos para as línguas élficas, mas estou muito perto e não vejo por que não conseguiria chegar a essa marca (e ultrapassá-la) ainda hoje. Portanto, acho que seria a hora de dizer como esse recurso pode ser utilizado.
Em primeiro, você pode acessar os nomes élficos por este link. No topo da página, você verá vários links para os diversos nomes que já traduzi. Eles conduzem à área da página onde o nome está traduzido, o que faz a localização entre as futuras centenas de nomes fácil e rápida. Para um exemplo, se você desejar encontrar o nome “Núbia”, tudo que teria de fazer é clicar no nome: Núbia.
Outra maneira de acessar um nome em específico é digitando no seu navegador de internet: ../nome-elfico/#seu-nome, substituindo seu-nome pelo nome que você procura, em letras minúsculas. Por exemplo, o nome deste que vos fala (Rodrigo) seria encontrado com o seguinte endereço: ../nome-elfico/#rodrigo. Não esqueça do #!
Alguns nomes são variações de outros! Se você digitar #carolina no endereço acima, não encontrará nada, pois Carolina (e Carla) são variações de Carol. Mesmo assim, eu adicionei links no topo para cada uma das variações mais freqüentes. Caso você não encontre seu nome digitando, o site lhe levará diretamente para o topo da página, onde você pode escolher seu nome da lista.
Para ilustrar como ler os nomes, aqui está a entrada para RAFAEL(A):
RAFAELA — Q. Eruenvinyantë, S. Erunestant
RAFAEL — Q. Eruenvinyanto, S. Erunestant
Do Heb. Rephael “Deus Curou”.
Fonte: EtymOnline
Explicando: Como padrão, coloquei o nome feminino acima do masculino. Após o travessão (—) você encontra o nome em Quenya (alto-élfico) e, após a vírgula, o nome em Sindarin (élfico cinzento).
Abaixo dos nomes encontra-se o significado do nome e alguma observação que seja necessária.
Abaixo da explicação está a fonte do significado do nome. Geralmente retiro essa informação dos sites Online Etymology Dictionary (sigla EtymOnline) e do site Behind the Name (sigla BTN).
No previamente mencionado The History of the Hobbit, de John D. Rateliff, apareceram novos fatos lingüísticos que, graças aos trabalhos de Christopher Gilson no jornal Parma Eldalamberon, é possível agora a análise.
O primeiro é o nome original de Gandalf, Bladorthin. Utilizando-se de informações contidas no Gnomish Lexicon, o usuário Andrew Higgins chegou à conclusão de que o nome significa “viajante cinzento” (Grey country traveler). Mas ao tentar encontrar o significado de Pryftan, o nome original de Smaug, Andrew conseguiu apenas analisar sem querer o segundo elemento, tan, que no GL é “lenha”, mas em galês (língua que serviu de base para o Gnômico/Noldorin/Sindarin) significa “fogo”.
Roman Raush acertou na mosca a parte final da análise: pryf é a palavra galesa para “verme”, que é uma maneira comum de chamar os dragões nas línguas européias. Lukáš Novák aproveitou para apoiar a teoria. É notório o uso da palavra anglo-saxã wyrm (ing. mod. worm) para “dragão” no poema Beowulf.
Devido ao evento AnimeXtreme que ocorrerá aqui em Porto Alegre neste próximo fim de semana (19 e 20 de maio), onde estarei participando de um estande temático tolkieniano, estou preparando uma lista atualizada de nomes em Quenya e Sindarin para os visitantes.
Quem acaba ganhando nisso, por tabela, é você, caro visitante deste blog, pois a página com nomes em élfico, antes parada, agora está com 11 nomes e eu planejo alcançar minha meta de cinqüenta até sexta-feira.
Não é um trabalho difícil, mas é complexo, especialmente no que diz respeito à coerência entre as traduções nas duas línguas e a verificação das fontes. Felizmente eu obtive a permissão de utilizar o trabalho maravilhoso do meu caro amigo Thorondil para as traduções em Sindarin, o que já economiza um bom tempo!
No futuro, tentarei arranjar uma maneira de incluir a inscrição em Tengwar de cada nome na página, mas por enquanto não poderei direcionar esforços para essa finalidade. Resta a idéia para o futuro.
O caso genitivo identifica a fonte ou a origem de algo ou alguém (ex.: os desenhos do arquiteto). No Quenya ele é formado da seguinte maneira quando o substantivo termina em:
No plural, a desinência -on é adicionada à forma plural do substantivo. Exemplos:
A desinência -to é utilizada para o dual, mas em duais terminados em -u utiliza-se -uo:
É uma notícia já um tanto antiga, mas que merece destaque. A versão 1.8–RC1 do Dicionário de Sindarin Hiswelóke (de longe o mais completo e atualizado no mundo), com léxico 0.99499 está disponível em sua versão online em inglês, francês e alemão neste link.
Em inglês, o dicionário está disponível em três organizações: Sindarin-inglês, inglês-Sindarin e Sindarin-inglês temático. Este último separa as palavras em tópicos, como biologia, geografia, zoologia e números. Também há um arquivo explicando os símbolos e abreviações utilizados e um documento com apenas as palavras em sindarin e onde elas são encontradas. Essa revisão está muito mais completa do que o anterior, incorporando o vocabulário das últimas publicações do jornal Vinyar Tengwar e o livro Reader’s Companion de Wayne Hammond e Christina Scull.
Impresso, o dicionário inglês-sindarin deve ter aproximadamente 50 páginas. Ele é muito bem diagramado, havendo uma quebra de linha ao início de cada letra (ou tema). Isso acaba custando algumas folhas a mais, mas acaba se tornando útil na hora da consulta. Também agora é especificado se a palavra vem do Noldorin (pré-1951, principalmente as Etimologias) ou Sindarin, facilitando o estudo acadêmico.
John D. Rateliff foi entrevistado na tarde de segunda-feira (16/04) após Nils Ivar Agøy no lugar de John Garth, escritor de Tolkien and the Great War, que precisou comparecer ao velório de seu sogro. Mas Rateliff não foi um substituto comum. Ele é na verdade o homem responsável por completar a última peça no quebra-cabeças da história das publicações tolkienianas! Seu livro The History of the Hobbit é um livro nos moldes da série The History of Middle-earth, escrita por Christopher Tolkien durante os anos 1980–90.
O primeiro volume da série foi publicado no dia 1º de maio e já está a venda na Amazon.com em capa dura, oito dias antes da data original. Na entrevista, Rateliff conta que neste primeiro volume a história desde Bolsão até a partida da Cidade do Lago será tratada, enquanto tudo da chegada a Erebor, a Montanha Solitária, até a volta a Bolsão será contado no volume dois.
O trabalho em The History of the Hobbit levou 25 anos para ser completado, pois Rateliff trabalhava nele em seu tempo livre após a chegada dos manuscritos originais do livro em Marquette em 1981, onde ele fazia Ph.D., com Taum Santoski, que faleceu com apenas 32 anos. O projeto era originalmente de Santoski, que pediu a Rateliff para que o terminasse.
Quando perguntado sobre The Annotated Hobbit, de Douglas Anderson, Rateliff diz que o livro de Anderson na verdade é complementar ao seu, sendo “o melhor texto de [O] H[obbit] em existência”. Segundo ele, seu trabalho lida apenas com a história d’O Hobbit antes de sua publicação, enquanto Anderson cobre a história da publicação original em diante.
Perguntado sobre por que Christopher Tolkien teria deixado O Hobbit de lado quando publicou a série The History of Middle-earth, ele diz que em parte foi por conta do gigantesco trabalho no qual CT estava envolvido. Por outro lado Christopher, diz Rateliff, não considera O Hobbit como parte do legendário (nome dado por Tolkien ao seu próprio conjunto de mitos e histórias). Contudo, esta não é a opinião de Rateliff, que diz mostrar em seus livros que O Hobbit era realmente conectado às lendas do Book of Lost Tales, o livro que com o tempo tornou-se O Silmarillion. Nos rascunhos do primeiro capítulo, diz ele, Tolkien menciona Beren e Lúthien: “O mago diz que eles não precisam se preocupar em procurar se vingar do Necromante, pois Beren e Tinúviel já demoliram sua torre escura”, disse Rateliff. “Esta é uma referência explícita à ‘Balada de Leithian’ e um bom indicativo para mim de que o mundo de Bilbo e o mundo deles foi pensado como sendo o mesmo desde o início.”
Quando perguntado se isso faria com que Morgoth fosse o Necromante, Rateliff lembra que Sauron era chamado dessa maneira na ‘Balada’, que foi publicada no volume III da série HoME. Desta forma, a torre destruída foi a de Tol-Sirion, onde n’O Silmarillion Beren é preso com Finrod Felagund, onde Huan derrota Sauron em forma de lobo e Lúthien destroi a torre para libertar Beren. Também sobre a ‘Balada’, Rateliff correlaciona Taur-na-Fuin, para onde Sauron fugiu, com a Floresta das Trevas.
Foi feito um questionamento sobre os mistérios d’O Hobbit, como o Rei Bladorthin mencionado no Capítulo 12, a origem da cota de malha e os “Were-worms of the Last Desert”. Rateliff explica que originalmente o mago deveria se chamar Bladorthin, que a cota de malha passou por diversas modificações (o mithril foi uma adição tardia) e que originalmente os Were-worms eram “dos chineses”! Existem outras citações a criaturas do “mundo primário”, o que Rateliff atribui à influência de Lord Dunsany sobre Tolkien em seus primeiros trabalhos.
De forma geral a entrevista foi muito interessante, embora no momento em que ela era feita Rateliff tenha parecido um pouco ríspido. Felizmente tudo ficou um pouco mais leve quando o meu querido amigo Daeron, num momento de escassez de perguntas do público, questionou: “Balrogs têm asas?”
A resposta de Rateliff: “Africanos ou europeus?”
Para quem quiser dar uma olhada na entrevista mais ou menos completa, é só visitar a Tolkien Library.