Assisti nesta segunda-feira passada (11/06) à defesa da dissertação de mestrado da Larissa Camacho Carvalho na Faculdade de Educação da UFRGS. A orientadora da Larissa é a Dra. Maria Stephanou, que me pareceu extremamente simpática ao projeto (além de ela mesma ser muito simpática). Na banca examinadora estavam o Dr. Nilton Bueno Fischer (PPGEDU/UFRGS), Dra. Elisabeth Garbin (PPGEDU/UFRGS), Dra. Diana Maria Marchi (FAPA) e a Dra. Carlota Boto (USP).
Sem me alongar muito, aqui vão algumas questões abordadas pela banca:
- O impacto das comunidades virtuais no ensino e nos hábitos sociais dos jovens: Neste aspecto, o trabalho da Larissa foi considerado um bom avanço em direção à uma compreensão melhor do assunto pelos profissionais da educação.
- Tolkien como meio, não como princípio ou fim: O Dr. Fischer mencionou o uso de Tolkien como um meio, até onde lembre de “conectar os professores aos alunos”. Não discordo que, realmente, a possibilidade é de que haja sucesso utilizando essa aproximação da questão. Contudo, é minha opinião como uma pessoa que vem estudando Tolkien por 5 anos, que a melhor maneira de utilizar Tolkien para educar (o que engloba mais do que apenas “na educação“) é estudar Tolkien por Tolkien, e não utilizá-lo como uma fonte de explicação. As obras de Tolkien dependem do mundo real (ou “primário”, como ele próprio dizia), o que abre possibilidades de ensinar coisas concretas enquanto se ensina Tolkien, enquanto o caminho reverso me parece não dar tal consistência.
- “O que é ‘juventude’?”: A inclusão de pessoas de 29 anos como jovens parecia, aos membros da banca, difícil de aceitar. A Larissa argumentou em sua defesa que suas medidas foram principalmente o estilo de vida dos entrevistados, que praticam atividades (como jogar RPG) que são compatíveis com o que se acredita ser “atividades de jovens”. Outra medida foi que, em alguns casos, os jovens conheceram há muito tempo atrás os livros, e na época eram realmente de “idade jovem”.
Há uma curiosidade sobre essa dissertação que talvez irá agradar aos leitores de Tolkien: A Larissa transformou a dissertação praticamente em uma narrativa, cheia de detalhes e minúcias, do jeito que o Professor escreveria um livro (em sua devida proporção, claro). De fato, todos os membros consideraram uma leitura atraente e, em alguns pontos, sentiram-se decepcionados de não verem mais detalhes ainda! Uma excelente jogada!
Você pode fazer o download da dissertação aqui, da maneira que foi entregue no dia (PDF). Ela recebeu nota máxima e será publicada pela UFRGS.
Muitíssimo obrigado por disponibilizar esta dissertação, ela será citada e cuidadosamente apreciada.
Muito sucesso para nobre larissa.
Muitíssimo obrigado por disponibilizar esta dissertação, ela será citada e cuidadosamente apreciada.
Muito sucesso para nobre larissa.
Gente, adorei ver um trabalho acadêmico extrapolar os muros da universidade e ganhar vida (virtual, é bem verdade!). Uma grata surpresa nessas infovias! Parabéns Larissa!