Índice
- Sobre Tolkien
- Sobre o Élfico
- Sobre as línguas élficas hoje
- Sobre o élfico no Brasil
- Sobre Tolkien e o Élfico
- Sobre o Rodrigo
Sobre Tolkien
J.R.R. Tolkien (1892–1973) foi um professor de língua e literatura inglesas na Universidade de Oxford, Inglaterra. Ele é considerado um dos mais importantes filólogos do século XX. Nascido em Bloemfontain, África do Sul, perdeu o pai Arthur quando tinha quatro anos. O Professor (como afetuosamente o chamamos) foi criado e educado pela mãe, Mabel Tolkien, junto com seu irmão Hilary (1894–1976), perto de Birmingham, Inglaterra. O próprio Tolkien diz que herdou o amor pelas línguas de sua mãe.
Tolkien costumava inventar línguas junto com seus primos quando pequeno. Ele manteve esse hobby (ou, como ele chamava, “vício”) até sua vida adulta. Dizia ele que a criação e desenvolvimento de suas línguas inventadas era uma expressão do seu gosto estético lingüístico, similar à pintura de uma obra de arte que nunca realmente foi acabada (alegoria esta utilizada por Tolkien, de forma um tanto clarividente, no conto Folha de Cisco, que pode ser baixado neste link).
Sobre o Élfico
Estima-se que as línguas élficas (no plural: existe mais de uma língua élfica!) foram criadas inicialmente entre 1911 e 1915, e estas não deixaram de ser aprimoradas por Tolkien até sua morte, em 1973. As principais línguas criadas por Tolkien foram o Quenya (baseada no finlandês, grego e latim) e o Sindarin (baseada no galês).
Até onde sabemos, Tolkien não tinha desejo de completar as línguas élficas, isto é, torná-las “utilizáveis”. A diversão para ele, era o processo de criar novas palavras, novas funções gramaticais e, se não estivessem publicadas ainda, modificá-las e o seu sentido. De fato, à única exceção dos poemas élficos Elbereth Gilthoniel, Namárië e algumas frases espalhadas pelo livro O Senhor dos Anéis, o vocabulário e a gramática das línguas élficas não era muito fixo na mente de Tolkien. Em alguns casos, Tolkien escrevia algo que contradizia o que já havia publicado e precisava voltar atrás.
Sabemos também que os elfos foram criados por Tolkien depois da criação das línguas élficas. Tolkien acreditava que uma língua só poderia existir e se desenvolver se houvesse um povo que a utilizasse e que este povo tivesse uma história. O seu primeiro conto sobre os elfos, utilizando palavras élficas, chamado A Queda de Gondolin, foi escrito em 1915. Este se tornou parte do conjunto de lendas e mitos que forma o livro O Silmarillion, lançado postumamente em 1977 por seu filho, Christopher Tolkien, a partir dos manuscritos deixados pelo pai.
Sobre as línguas élficas hoje
O estudo das línguas élficas iniciou-se em 1954, na ocasião do lançamento de A Sociedade do Anel na Inglaterra. Escrevi há um tempo atrás um resumo de um artigo que conta a história desses mais de 50 anos de estudos, que você pode ler neste link.
Hoje, existem duas publicações tradicionais em inglês que tratam somente do estudo das línguas criadas por Tolkien, além da edição e publicação de manuscritos inéditos. Estas são o Parma Eldalamberon e o Vinyar Tengwar. Este mesmo grupo de estudiosos liderados por Christopher Gilson têm uma publicação online chamada Tengwestië, dedicada a publicar estudos acadêmicos.
Há outros sites especializados nas línguas de Tolkien, embora o enfoque não seja o estudo acadêmico em si, mas sim voltados à criação de uma versão padronizada que permita a composição de prosa e poesia. O mais conhecido é a Ardalambion, criada pelo norueguês Helge Fauskanger. Ele criou o Curso de Quenya, que vem sendo a porta de entrada a milhares de novos estudantes das línguas élficas em todo mundo. Outro site, mais recente, é o Parma Tyelpelassiva, do alemão radicado nos EUA, Thorsten Renk. Lá é o lar do Curso de Sindarin. Contudo, Thorsten também possui vários ensaios cujo enfoque é o estudo acadêmico; um “híbrido”, talvez.
Sobre o élfico no Brasil
A primeira edição brasileira licenciada d’O Senhor dos Anéis data de 1994, embora o primeiro grupo criado em torno de Tolkien, a Heren Hyarmeno, tenha sido criada nos anos 1980. Infelizmente, isto atrasou consideravelmente a popularização de Tolkien no Brasil, sem nem mencionar as línguas élficas.
De meu conhecimento, existem apenas dois sites em língua portuguesa dedicados inteiramente às línguas élficas de Tolkien: a tradução brasileira da Ardalambion e o Tolkien e o Élfico.
A Ardalambion brasileira possui os direitos para tradução do material publicado pela Ardalambion em inglês e pelo Parma Tyelpelassiva. Isto inclui os Cursos de Quenya e Sindarin — ambos lançados pela editora Arte&Letra.
A publicação do Curso de Quenya foi um divisor de águas no cenário de publicações sobre Tolkien no Brasil, pois antes dele as editoras tinham medo de acumular prejuízo com a publicação de livros “fora do convencional”.
Sobre Tolkien e o Élfico
Embora a Ardalambion seja um grande site, ela ainda depende de uma pessoa para fazer a tradução de todos os artigos e a revisão dos mesmos: o meu amigo Gabriel Brum. Ela também não traduz (ou não tem permissão para traduzir) muito do que é publicado e comentado sobre as línguas élficas ao redor do mundo; informações que são necessárias para estarmos completamente atualizados, retirar dúvidas e expandir nosso conhecimento sobre as línguas de Tolkien.
Por isso criei este site, em 26 de dezembro de 2006. Como disse na mensagem inaugural, a missão do site Tolkien e o Élfico é indexar e produzir informações úteis e esclarecedoras àqueles que, por quaisquer motivos, estiverem interessados no uso teórico ou prático das línguas élficas.
Venho fazendo isto de diversas formas: monitorando as principais listas de discussões em inglês, e traduzindo as partes mais importantes dessas discussões; criando material de auxílio ao estudante do Curso de Quenya (elucidando partes complicadas de compreender, atualizando lições onde há obsolescência da informação); e explicando o uso de ferramentas comuns em nossa área, como recentemente fiz com os dicionários élficos.
Sobre o Rodrigo
Meu nome é Rodrigo Lima Jaroszewski, mas muitos me conhecem pelo apelido “Slicer”. Nasci no dia 12 de março de 1984 em Porto Alegre, RS, onde moro até hoje. Sou formado em Tecnologia de Processos Gerenciais pela FATEC Internacional e trabalho na empresa Órulo.
Conheci O Senhor dos Anéis através da indicação de um amigo, Lucas Zingano. Ele insistiu que eu assistisse ao filme A Sociedade do Anel; vi em 27 de fevereiro de 2002, e adorei. Comecei a estudar as línguas élficas no segundo semestre de 2002, através do Curso de Quenya da Ardalambion. A principal motivação era saber pronunciar o poema Namárië.
Você pode entrar em contato comigo através de e-mail e Twitter.
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