O verbo “ser”
O verbo “ser/estar” (to be em inglês) no Quenya é na-. Ele é conjugado da seguinte forma:
- Presente e imperativo: na “é/está”, pl. nar “são/estão”, dual nat;
- Pretérito: né “foi/esteve”; com desinências pronominais fica ane-: anen “eu fui/estive”, anel “tu foste/estiveste”, etc. Plural nér, dual nét.
- Futuro: nauva “será/estará”;
- Aoristo: nae (nai-) “é/está”;
- Perfeito: anaië “tem sido/tem estado” (ing. has been).
No curso há muita especulação sobre o verbo ea-. Ele é, na verdade, o verbo “existir”. Sabemos que eä é tanto a forma do presente quanto do aoristo; que o pretérito é engë; que o perfeito seria éyë numa forma arcaica, mas engië pode ser utilizado. O futuro é euva.
Ma: uma partícula interrogativa?
Sendo objetivo: esta seção é uma teoria de que a partícula interrogativa ma- pode ser utilizada na sua forma raiz (ou seja, ma) para distinguir um questionamento de uma afirmação. Isto ocorre no polonês (Czy … ?), no esperanto (Chu … ?) e até certo ponto no inglês (Did he… ? Can he… ?).
O exemplo faz a compreensão simples:
Tences i parma “Ele(a) escreveu o livro” > Ma tences i parma? “Ele(a) escreveu o livro?”
Eu, particularmente, não creio nessa teoria.
Sa introduzindo cláusulas nominais
O que são cláusulas nominais: uma frase inteira que equivale a um substantivo. O indicador de onde começa uma cláusula nominal no Quenya é a palavra sa.
A frase analisada:
Merin sa haryalyë alassë “Desejo que você tenha felicidade”
- Merin: “Eu desejo”, o sujeito e o verbo da frase.
- sa: a partícula que indica que “tudo após esta palavra é uma cláusula nominal”
- haryalyë alassë: “tenha felicidade”, a cláusula nominal em si; esse pronome, verbo e substantivo são todos um único objeto direto do verbo “desejo”.