Como falei em uma mensagem anterior, antes de ser útil, uma língua criada por Tolkien deveria ser bela, e Tolkien não as media por padrões que não fossem estéticos, para o bem ou para o mal. O Professor menciona em uma carta que certa vez recebera de presente um cálice de aço com as inscrições do Anel. “É claro que nunca bebi nele, mas o uso como cinzeiro.” (Cartas: 399)
Digamos que você começou agora a tentar escrever em élfico. Quão importante esta discussão pode ser para você?
- Ela retira da sua cabeça um elemento que só gera frustração: o mito de que algum dia existiu, em escrito ou na cabeça de Tolkien uma gramática definitiva das línguas élficas. Eu já criei traduções para o élfico horrendas, por acreditar que isto realmente existia;
- Ela mostra que, mesmo assim, é bom que este mito seja nutrido no início, para que você sinta-se a vontade com um cenário menos volátil e compreenda as funções gerais das línguas élficas;
- Ela demonstra que o limite não é o que Tolkien escreveu, mas sim o que você pode fazer com as idéias que Tolkien disponibilizou;
- Que ser criativo é uma prática apoiada pelos maiores entendedores das línguas tolkienianas, embora eles sejam um tanto exigentes. 😉
Desde que comecei a escrever este acompanhamento, mais algumas mensagens relacionadas foram enviadas à Elfling e é provável que muitas outras sejam enviadas. Este acompanhamento foi realizado apenas para a ramificação iniciada por Bill Welden na mensagem 33732. Até agora foram criadas outras três ramificações, por Kirsten (33724), por David Salo (33726) e por Thorsten Renk (33770), todas com informações interessantes àqueles que só estão interessados em saber sobre os filmes ou por uma análise mais profunda do Neo-Sindarin dos filmes.