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Sindanórie em novo local

O site Sindanórie, feito pelo entusiasta Roman Rausch, sofreu uma séria modificação: http://www.sindanoorie.net/ é o novo endereço.

O que você deveria ter visto na Sindanórie que você ainda não viu? Talvez os tópicos de maior interesse para os iniciantes seja a análise dos nomes, então aqui segue uma série de artigos:

Artigo sobre o dialeto Mithrimin do Sindarin na Sindanórie

Hithlum
Fonte: TolkienGateway.net

Roman Rausch escreveu no dia 1º de julho um novo artigo em seu site, Sindanórië, um artigo sobre o dialeto Mithrimin do Sindarin.

O dialeto Mithrimin recebe seu nome por ser próprio dos habitantes da região de Mithrim, no noroeste de Beleriand. Nessa área morava Fingolfin e seus descendentes quando se assentaram no continente no início da Primeira Era do Sol. Assim como todos os Noldor exilados, Fingolfin e seus súditos aprenderam a língua dos Sindar rapidamente, mas o Quenya influenciou a sua pronúncia, da mesma forma que um italiano seria influenciado por sua língua mãe enquanto tenta falar galês. O resultado é um Sindarin muito mais “duro”, com menos fricativas. Os filhos de Fëanor e seu povo também utilizaram esse dialeto, embora com algumas diferenças devido à distância entre os territórios habitados por cada um.

Pretérito do Noldorin e ditongos “ei, ai” na Sindanórië

O estudioso Roman Rausch atualizou hoje seu excelente site, Sindanórië, com dois artigos:

  1. O pretérito do Noldorin inicial: Raush fala na Elfling que vários estágios do pretérito das línguas élficas já foram analisados na Tengwestië e no Parma Tyelpelassiva (gnômico, o Noldorin “d’As Etimologias”, o Sindarin e o Quenya), mas nada foi escrito sobre os estágios iniciais do Noldorin de 1923, apresentado no Parma Eldalamberon 13. Depois que nossas crenças sobre o pretérito do Sindarin da época do SdA foram detonadas pelo PE 17 eu comecei a acreditar que é importante olhar para tudo que foi escrito com muita atenção.
  2. Sobre os ditongos ai, ei em Noldorin e Sindarin: No Neo-Sindarin, quando atualizamos palavras “d’As Etimologias” para o Sindarin baseados nos exemplos que possuíamos antes do PE17, nosso conhecimento dizia para atualizar todo ditongo ei para ai, quando este estivesse na última sílaba. Rausch argumenta que os novos exemplos trazidos por esta última publicação mostram um padrão que não é tão simples assim.

Eu sei que alguns de vocês infelizmente ainda não lêem inglês, então as conclusões sobre a parte da “adaptação” do Noldorin para o Sindarin são estas:

  • N. ei < a na última sílaba torna-se S. ai;
  • N. ei < a em outras sílabas mantém-se como ei;
  • N. ei < e ou por vocalização pode se tornar S. ai assim como ei, mesmo na última sílaba;
  • N. ei < o, u pode se tornar ui (cf. S. fuir ‘norte’ (adj.) < *phorya (VT42:20)) ou ei (œi arcaico), mas nunca ai.

Aurinko e Aurë, Finlandês e Q(u)enya

O estudioso finlandês Petri Tikka escreveu para a lista Elfling a segunte mensagem:

O Q(u)enya aure “luz do sol, brilho do sol, luz dourada, calor” (PE12:33) com os seus significados tardios (como “(luz do) dia”, RC:727) é similar, de uma maneira suspeita, ao finlandês aurinko “o sol”. Eu apenas percebi isto enquanto lia o comentário sobre esta palavra em VT49:45. É estranho eu não ter encontrado alguém comentando este óbvio empréstimo antes de mim. A palavra finlandesa aurinko possivelmente descende de auer “nevoeiro”. E uma forma diminutiva do Quenya aure seria *aurinke

Boas fontes para ler sobre a comparação entre o Quenya e o finlandês são os artigos “Similarities between real languages and Tolkien’s Eldarin” no site Sindanórië e “Are High Elves Finno-Ugric?” no site do também finlandês Harri Perälä. Este também disponibilizou links para ótimos artigos sobre o assunto, que você pode acessar clicando aqui.

Petri Tikka escreveu mais tarde nesse dia que Carl Hostetter apontou para ele um comentário do Christopher Gilson sobre o assunto em VT33:23 (em janeiro de 1994!). Travis Henry apontou que o latim aurum “ouro”, do i.-e. *aues “brilhar, ouro” é uma outra fonte possível, já que o latim também foi uma fonte de inspiração para o Quenya.

Novidades na Sindanórië

No dia 8 de outubro o estudioso Roman Rausch anunciou novidades em seu site, Sindanórië.

  • Essekenta Endamarwa — o artigo trata sobre os nomes de pessoas e topônimos em The Return of the Shadow, The Treason of Isengard e The War of the Ring. O artigo agora traz informações do PE17 sobre nomes como athelas.
  • Concordância de adjetivos em Quenya — Segundo Rausch, o artigo foi reescrito por completo, incluindo “os vários exemplos” em PE16 e também alguns outros exemplos em VT49 e PE17.
  • Fonologia histórica do Goldogrin — O artigo é novo, e traz informações sobre o desenvolvimento do Goldogrin (o gnômico do Book of Lost Tales) desde o Eldarin Comum. É, eu sei, eu pensei que nunca ia ter de ler o Qenya Lexicon também, mas adivinhe só? Acredite, é sempre bom ter informações sobre todos os estágios conceituais das línguas tolkienianas.
  • Abordagem sistemática às traduções de nomes élficos — Muita gente traduz nomes para as línguas élficas, eu não sou exceção. Mas quem já estudou como Tolkien criava versões élficas para nomes comuns de nosso mundo? Só o Roman Rausch.

Sobre este último artigo, há uma passagem muito interessante:

Note que Tolkien usa Vala ao invés de Eru para traduzir “Deus”. De fato, é muito duvidoso que Eru aparecesse em nomes da Terra-média, já que era uma palavra deixada para ocasiões especiais.

Eu não tenho certeza se utilizarei esta dica para os nomes hebráicos, mas para os nomes germânicos certamente é uma abordagem que adotarei em uma próxima revisão da minha lista de nomes.

Seu brilhante webmaster lembrou agora de adicionar os links para os artigos. Perdão. blush