Pronomes Independentes
No Quenya, os pronomes podem aparecer como palavras independentes, além das desinências já vistas. Uma lista completa das desinências e das suas respectivas formas independentes pode ser encontrada neste link.
É importante lembrar ao aluno que esses pronomes independentes podem receber desinências casuais. Por exemplo: ni “eu” + -n (dativo) = nin para mim.
Verbos Impessoais
É melhor citar completo do sumário do livro (p. 323):
Alguns verbos do quenya são impessoais, não exigindo sujeito, mas quando alguém é, no entanto, afetado pela ação verbal, esse alguém pode ser mencionado como uma forma dativa: ora nin = “[isto] impele para mim” = “sinto-me instigado [a fazer algo]”.
E a explicação (p. 314):
Sentir-se instigado a fazer algo não é um “ato” deliberado realizado por um sujeito; esse sentimento, ao invés disso, afeta a pessoa envolvida, e em quenya isso é indicado apropriadamente pelo caso dativo.
Caso não tenha ficado claro o suficiente, por favor deixem um comentário.
Verbos Radicais U
Temos certeza de que o particípio ativo (presente) é formado adicionando -la e alongando a vogal raiz, se isto for possível. Talvez o pretérito seja formado com -në.
Os vários usos de lá
Por enquanto usem ná “sim” (VT49:28) e lá “não” (VT42:33, VT49:15).
Estou tentando negociar com o Carl Hostetter a Tolkien Estate (o Hostetter e o Bill Welden já me deram a permissão da parte deles) se poderei obter permissão para uma tradução do artigo Negação em Quenya, publicado no jornal Vinyar Tengwar nº 42, pp. 32–4. Basicamente, o autor Helge Fauskanger pegou várias partes daquele artigo como informação para fazer esta parte da lição (inclusive a comparação A ná kalima lá B), então tendo uma visão mais completa do material será possível que vocês mesmos decidam o que usarão ou não.
A esta altura do curso, é importante já começar a ler o material lingüístico tolkieniano de forma crítica. Em 1959 (ou seja, pós-SdA), lá era “sim”. Só por volta de 1970 (aproximadamente 10 anos!) Tolkien se decidiu utilizar lá para “não”, apenas porque ele não gostava da similaridade do û das línguas élficas com o û das línguas européias (citando o grego e o nórdico como exemplos).
Agora deixem-me perguntar uma coisa meus amigos: Tolkien também teve a idéia de “limpar a ficha” da Galadriel, isentando-a de toda culpa e de participação na Fuga dos Noldor, inventando uma história sem pé nem cabeça de ela sair com Celeborn de Aman antes do Fatricídio (no Contos Inacabados). Isto foi por volta de 1970 também, mas ninguém considera essa idéia como canônica, apesar de ser a mais recente escrita por Tolkien. A pergunta é: por que lá “não” deveria ser canônico também, seguindo o mesmo raciocínio? Não seria lá “sim” o significado mais plausível, quando comparados os motivos para a atribuição desse significado à palavra em 1959?
Vocês saberão se eu puder traduzir o texto.