Todos os posts de Rodrigo Jaroszewski

Alargamento do site

Depois de mais de um ano de coleta de informações, eu decidi que seria melhor para os leitores deste site que os artigos recebessem uma maior proeminência. Por conta disto, aumentei a largura da área do site dedicada a todos os artigos, páginas e posts, assim como do site em si.

Contudo, uma decisão dessas não foi simples de ser feita. 2.754 (ou seja, 17,89%) das visitas feitas ao meu site vieram de computadores que utilizam a resolução 800×600, que com esta mudança visualizará apenas a área de exibição dos posts por inteiro, tendo de “rolar” o site para a direita para ler a barra lateral. A estes visitantes, eu peço desculpas pelo transtorno que isto possa causar, mas eu tenho certeza de que estarão contentes em poder ler os posts em menos linhas do que anteriormente.

A todos os usuários que utilizam resoluções acima de 1024×768, tenho certeza de que apreciarão a mudança.

Resumo do Curso de Quenya: Lição 18

Pronomes Independentes

No Quenya, os pronomes podem aparecer como palavras independentes, além das desinências já vistas. Uma lista completa das desinências e das suas respectivas formas independentes pode ser encontrada neste link.

É importante lembrar ao aluno que esses pronomes independentes podem receber desinências casuais. Por exemplo: ni “eu” + -n (dativo) = nin para mim.

Verbos Impessoais

É melhor citar completo do sumário do livro (p. 323):

Alguns verbos do quenya são impessoais, não exigindo sujeito, mas quando alguém é, no entanto, afetado pela ação verbal, esse alguém pode ser mencionado como uma forma dativa: ora nin = “[isto] impele para mim” = “sinto-me instigado [a fazer algo]”.

E a explicação (p. 314):

Sentir-se instigado a fazer algo não é um “ato” deliberado realizado por um sujeito; esse sentimento, ao invés disso, afeta a pessoa envolvida, e em quenya isso é indicado apropriadamente pelo caso dativo.

Caso não tenha ficado claro o suficiente, por favor deixem um comentário.

Verbos Radicais U

Temos certeza de que o particípio ativo (presente) é formado adicionando -la e alongando a vogal raiz, se isto for possível. Talvez o pretérito seja formado com -në.

Os vários usos de

Por enquanto usem “sim” (VT49:28) e “não” (VT42:33, VT49:15).

Estou tentando negociar com o Carl Hostetter a Tolkien Estate (o Hostetter e o Bill Welden já me deram a permissão da parte deles) se poderei obter permissão para uma tradução do artigo Negação em Quenya, publicado no jornal Vinyar Tengwar nº 42, pp. 32–4. Basicamente, o autor Helge Fauskanger pegou várias partes daquele artigo como informação para fazer esta parte da lição (inclusive a comparação A ná kalima lá B), então tendo uma visão mais completa do material será possível que vocês mesmos decidam o que usarão ou não.

A esta altura do curso, é importante já começar a ler o material lingüístico tolkieniano de forma crítica. Em 1959 (ou seja, pós-SdA), era “sim”. Só por volta de 1970 (aproximadamente 10 anos!) Tolkien se decidiu utilizar para “não”, apenas porque ele não gostava da similaridade do û das línguas élficas com o û das línguas européias (citando o grego e o nórdico como exemplos).

Agora deixem-me perguntar uma coisa meus amigos: Tolkien também teve a idéia de “limpar a ficha” da Galadriel, isentando-a de toda culpa e de participação na Fuga dos Noldor, inventando uma história sem pé nem cabeça de ela sair com Celeborn de Aman antes do Fatricídio (no Contos Inacabados). Isto foi por volta de 1970 também, mas ninguém considera essa idéia como canônica, apesar de ser a mais recente escrita por Tolkien. A pergunta é: por que “não” deveria ser canônico também, seguindo o mesmo raciocínio? Não seria “sim” o significado mais plausível, quando comparados os motivos para a atribuição desse significado à palavra em 1959?

Vocês saberão se eu puder traduzir o texto.

Estou devendo…

Atualizado em 23/1/2008

Preciso admitir que, embora os nomes em élfico sejam de longe a página mais visitada deste site, é a que mais dá trabalho. Suponho que seja a Relação de Pareto em ação — 80% de todos os problemas estão concentrados em 20% das atividades. Por conta disto estou devendo esta lista gigantesca abaixo de pedidos de tradução não atendidos. À medida que eu publicá-los, vou riscando, para que saibam que já podem encontrá-los:

  1. Maurício
  2. Samuel
  3. Sandy
  4. Ana
  5. Flávia
  6. Bianca
  7. Selene
  8. Vagner
  9. Catarina
  10. Marcel
  11. Afonso
  12. Leandro
  13. Mariana
  14. Natália
  15. Franciellem
  16. Roberto
  17. Ingrid
  18. Hugo
  19. Poliana
  20. Josiane
  21. Marlon
  22. Jul(a)y (talvez Júlia?)
  23. Franciane
  24. Juliana
  25. Luana
  26. Valeska

  27. Augusto
  28. Hellora
  29. Marilia
  30. Barbara
  31. Murilo
  32. Vinicius
  33. Amanda
  34. Graziele
  35. Carla
  36. Wendell
  37. Gisele
  38. Jackson
  39. Valéria
  40. Cláudia

Que tal isto para um projetinho de fim de semana, hein? 🙂

Tolkien e o Élfico de endereço novo!

Estou escrevendo para anunciar o que alguns de vocês já devem ter percebido: o Tolkien e o Élfico mudou de casa e, por conseqüência, de endereço. Nosso novo endereço é:

http://elfico.com.br!

Avisamos a todos os visitantes que estão com o site nos favoritos que precisarão atualizá-los tão rápido quanto possível. O antigo endereço enviará para este apenas até o dia 24 de janeiro, quando o serviço da Neosys será encerrado definitivamente. Você não quer perder meu endereço, quer? 🙂

Caso você encontre algum problema no site, como um link quebrado ou algo do tipo, entre em contato comigo através do formulário de contato.

Este site sofrerá migração!

Um aviso importante para todos os meus caros visitantes: a Neosys, meu serviço de hospedagem para este site, resolveu descontinuar a hospedagem de todos os sites em seus servidores.

O site com este endereço e neste local permanecerá aqui por mais 15 dias, ou seja, até o dia 24 de janeiro! Eu pretendo até lá conseguir encontrar um outro servidor com as mesmas funcionalidades.

Como a Neosys disse para mim: desculpe pelo transtorno. ¬¬

Pretérito do Noldorin e ditongos “ei, ai” na Sindanórië

O estudioso Roman Rausch atualizou hoje seu excelente site, Sindanórië, com dois artigos:

  1. O pretérito do Noldorin inicial: Raush fala na Elfling que vários estágios do pretérito das línguas élficas já foram analisados na Tengwestië e no Parma Tyelpelassiva (gnômico, o Noldorin “d’As Etimologias”, o Sindarin e o Quenya), mas nada foi escrito sobre os estágios iniciais do Noldorin de 1923, apresentado no Parma Eldalamberon 13. Depois que nossas crenças sobre o pretérito do Sindarin da época do SdA foram detonadas pelo PE 17 eu comecei a acreditar que é importante olhar para tudo que foi escrito com muita atenção.
  2. Sobre os ditongos ai, ei em Noldorin e Sindarin: No Neo-Sindarin, quando atualizamos palavras “d’As Etimologias” para o Sindarin baseados nos exemplos que possuíamos antes do PE17, nosso conhecimento dizia para atualizar todo ditongo ei para ai, quando este estivesse na última sílaba. Rausch argumenta que os novos exemplos trazidos por esta última publicação mostram um padrão que não é tão simples assim.

Eu sei que alguns de vocês infelizmente ainda não lêem inglês, então as conclusões sobre a parte da “adaptação” do Noldorin para o Sindarin são estas:

  • N. ei < a na última sílaba torna-se S. ai;
  • N. ei < a em outras sílabas mantém-se como ei;
  • N. ei < e ou por vocalização pode se tornar S. ai assim como ei, mesmo na última sílaba;
  • N. ei < o, u pode se tornar ui (cf. S. fuir ‘norte’ (adj.) < *phorya (VT42:20)) ou ei (œi arcaico), mas nunca ai.

Nova versão do Curso de Sindarin em inglês

O alemão Thorsten Renk atualizou mais uma vez o Pedin Edhellen, o Curso de Sindarin que é traduzido pela Ardalambion Brasil.

O Pedin Edhellen 3.0 traz todas as novas informações que apareceram no jornal Parma Eldalamberon 17 sobre o Sindarin e (a não ser que apareça alguma informação nova, ou uma correção seja necessária) deve manter-se dessa forma por mais ou menos um ano.

Segundo o changelog, não parece haver muitas modificações comparadas com a última versão do Curso, o que não deve complicar muito o trabalho do Gabriel para a revisão da tradução que será publicada pela Arte & Letra.

Utilização do plural em ações físicas élficas

Na mensagem 1039 da Lambengolmor, Christopher Gilson responde a algumas perguntas feitas por Fredrik Ström sobre alguns pontos dúbios no Parma Eldalamberon 17.

Fredrik nota a entrada MAG (relacionada às mãos) na página 161, que diz:

Portanto mánta “suas mão” [ou seja, “a mão deles”] seria usado = (eles ergueram) suas mãos (uma mão cada), mántat = (eles ergueram) suas mãos (cada um as suas duas), e mánte não pode ocorrer.

Ela parece ser muito semelhante, diz ele, ao Eldarin Hands, Fingers & Numerals no VT49:6:

Em casos como “eles ergueram suas mãos”, a mão era na sintaxe Eldarin sempre singular, se cada um (que não precisa ser expressado) erguer uma mão, e sempre dual se cada um erguesse ambas as mãos; o plural era impossível.

Tendo isto em vista, Fredrik indaga se Tolkien não estaria com um texto na sua frente enquanto escrevia o outro. Gilson vê como uma possibilidade, mas que não seria para Tolkien necessário fazê-lo.

Fredrik responde na mensagem 1041 que, realmente, não seria necessário, mas que é interessante notar a frase i karir quettar ómainen “aqueles que formam palavras com vozes” (XI:391), onde ómainen “com vozes” está no plural. Traçando um paralelo entre o Quenya e o suéco, Fredrik mostra como as seguintes frases teriam os substantivos “mão” e “voz” no singular em sua língua-mãe:

alla eleverna räckte upp handen “todos os estudantes ergueram suas mãoS
de som formar ord med rösten “aqueles que formam palavras com vozES

Ele nota que o plural de rösten, que é rösterna, soaria muito estranho neste contexto, como se cada uma daquelas pessoas tivesse mais de uma voz. [Nota nerd: Como se fossem os ithorianos de Guerra nas Estrelas.] É de se questionar por que em um caso esta regra é aplicada e em outro não, pois Tolkien comentou de maneira bem severa sobre as intrusões do tradutor suéco, o Dr. Ohlmarks, o que leva a crer que ele tinha um bom domínio dessa língua.

Doutorado de Reinaldo “Imrahil” Lopes aprovado

O projeto de pesquisa sobre a pseudo-tradução nas obras de Tolkien, de Reinaldo “Imrahil” Lopes foi aprovado pela USP. Para saber mais sobre o escopo dessa pesquisa, faça uma visitinha aqui.

É bom lembrar que a tese de mestrado do Cisne, como chamamos nosso colega, resultou na tradução completa do livro Tree and Leaf, que está disponível no site da Valinor gratuitamente. Gostaria de parabenizar o Reinaldo por mais esta conquista!

Para quem não sabe, o Reinaldo também é reporter da editoria de Ciência e Saúde do portal G1.

Possível correção ao VT49: raiz TEN

Na mensagem 1039 da Lambengolmor, Christopher Gilson responde a algumas perguntas feitas por Fredrik Ström sobre alguns pontos dúbios no Parma Eldalamberon 17.

A primeira é a questão da raiz vTEN, que é citada, mas não aparece no texto. Contudo, ela figura no VT49, p. 24. E citando essa entrada, Gilson sugere uma possível leitura diferente para a que está publicada. Aparentemente tenya não é marcada na publicação como sendo Quenya, embora esteja explícito no manuscrito; e a palavra dúbia no texto — specific “específico” — deveria talvez ser lida como speaker’s “daquele que fala”:

vTEN- = fim no sentido de destino final desejado. (met meramente = finalidade) tenna, ao ponto, até. † Q tenya, chegar (não no local daquele que fala[?]), pret. tenne.